PALOCCI CITA PAGAMENTO DE PROPINA DA CAMARGO CORRÊA A GLEISI HOFFMANN

O ex-ministro Antonio Palocci conta em sua proposta de
acordo de delação premiada que a anulação das provas da Operação Castelo de
Areia, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), rendeu R$50 milhões ao PT, pagos
pela empreiteira Camargo Corrêa. Ele diz que parte desse dinheiro foi entregue
Gleisi Hoffmann (PR), que seria eleita senadora. Ela é a atual presidente do
Partido dos Trabalhadores. A informação é da revista Veja.

A construtora Camargo Corrêa era o principal alvo alvo da
Operação Castelo de Areia, que investigou supostos crimes financeiros e lavagem
de dinheiro. A operação chegou ao fim em abril de 2011, quando foi anulada pela
6ª Turma do STJ. A ministra relatora, Martia Thereza de Assis Moura,
entendeu  que o processo deveria ser
anulado porque as provas foram obtidas de fontes anônimas. Seu voto foi
acolhido por unanimidade. [A delação anônima serve para o início das
investigações de forma que a autoridade policial busque provas, mas não serve
para violação de qualquer direito fundamental do ser humano], afirmou o
desembargador (convocado ao STJ)  Celso
Limongi. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Supremo Tribunal
Federal, mas em 2015 o ministro Luis Barroso rejeitou o recurso.

Entre os políticos citados na Operação Castelo de Areia
estavam o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, principal alvo
da Operação Caixa de Pandora, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que
cumpriria pena de prisão por seu envolvimento em outro escândalo, o Mensalão.
(Diário do Poder).

Foto: Daniel Teixeira