O deputado estadual, Alan Sanches (DEM), vice-presidente da
comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa, em discurso em
plenário, conclamou que o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de
Saúde (Sesab), encontre uma alternativa de honrar com a dívida de R$ 9 milhões
que tem com o Hospital Martagão Gesteira, de forma que o atendimento não seja
suspenso.
De acordo com o demista, informações chegadas a ele dão
conta que a Sesab tem mais serviços contratados que recursos para
financiá-los e tem feito o pagamento por rodízio, escolhendo um prestador por
mês, com isso as entradas do fluxo de recursos do Martagão, um hospital
pediátrico, que atende 100 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tem piorado a
cada mês.
[Para se ter ideia, nos últimos dois meses teriam recebido
apenas 30 do que produziram, com um total de mais de R$ 9 milhões a receber e
sendo assim, não há boa ação que sustente esse atraso, o que significa que o
hospital pode fechar as portas a qualquer momento até mesmo por falta de
materiais, já que deve de fornecedores aos médicos], alertou, complementando
que: [os gestores vão para o Ministério Público Estadual, assinam Termo de
Ajuste de Conduta, sentam para negociar, mas tudo depois não passa de engodo e,
com isso, a população mais uma vez pagando alto preço].
Por fim, Alan Sanches reforça que, infelizmente, a situação
se estende a outras importantes unidades, comprometendo cada vez mais a saúde
pública do estado. O Hospital Santa Tereza, em Ribeira do Pombal; Dantas Bião,
em Alagoinhas e Carvalho Luz também estão com seus funcionários sendo
penalizados. Na lista podem entrar ainda: o Hospital Geral II e as
maternidades.
[Essa lista só prova que não existe o devido compromisso em
um setor que trabalha diretamente com vidas humanas. Os funcionários do Santa
Tereza já estão há quatro meses sem receber e para fechar o ciclo de absurdos
os terceirizados do Carvalho Luz receberão seus salários atrasados com redução
de 25. Ou seja, se algo não for feito a saúde pública na Bahia entrará em
colapso], lamentou, pedindo sensibilidade por parte dos envolvidos para que uma
solução venha o quanto antes. (Ascom)
Foto: Ascom