PR͍NCIPE HERDEIRO SAUDITA MANDA PRENDER DEZENAS DE GOVERNANTES

Onze príncipes, quatro ministros e [dezenas] de antigos
governantes foram presos no sábado em resultado do decreto real que estabelece
uma comissão anticorrupção chefiada pelo príncipe herdeiro Mohammad Bin Salman,
para combater as [almas fracas que colocaram os seus próprios interesses acima
do interesse público para, de forma ilícita, acumularem dinheiro].

A comissão, espécie de [força-tarefa] semelhante à Operação
Lava Jato, anunciou que vai reabrir o processo das inundações de Jeddah, em
2009, e investigar o dossier relativo ao vírus Corona também conhecido como o vírus
da Síndrome Respiratória do Médio Oriente, noticiou a al-Arabiya.

A comissão tem o direito de investigar, prender, proibir
viagens, congelar contas, monitorar recursos de pessoas envolvidas em práticas
de corrupção.

No mesmo dia, o rei Salman demitiu dois ministros e o
comandante das forças navais. O ministro da Guarda Nacional, Mutaib bin
Abdullah, favorito do falecido rei Abdullah e favorito ao trono até à ascensão
de Mohammad, foi afastado e substituído por Khaled bin Ayyaf. O príncipe Mutaib
herdou do pai o controlo da Guarda Nacional, uma força de segurança de elite
construída a partir de unidades tribais tradicionais.
O príncipe Mutaib foi o último membro do ramo Abdullah a ocupar uma posição
superior na estrutura de poder saudita.

O ministro da Economia e do Planeamento Adel Fakieh foi
demitido e substituído pelo seu vice, Mohammed al-Tujawiri. Adel Fakieh foi
responsável pela execução de reformas econômicas do Reino desde a sua nomeação,
em 2015. Como ministro do Trabalho (2010-2015), Fakieh enfrentou uma oposição
feroz dos empresários quando estabeleceu quotas para trabalhadores estrangeiros
de forma a impulsionar empregos para sauditas.

As mudanças são vistas como um passo na consolidação do
controlo do príncipe herdeiro Mohammad Bin Salman sobre as três instituições de
segurança armadas do reino, que há muito eram lideradas por ramos separados da
família real saudita. (Diário do Poder)

Foto: Divulgação