O deputado federal
João Carlos Bacelar (PR) se contradisse em entrevista ao bahia.ba, na
manhã desta quinta-feira (7). Procurado pela reportagem para falar sobre o caso
da empregada doméstica Maria do Carmo Nascimento que trabalhava
para sua mãe e era paga com dinheiro da Câmara dos Deputados, o
parlamentar se exaltou.
[Isso não procede.
Ela trabalha no meu gabinete, em Salvador. Está trabalhando hoje. Vá lá ver],
bradou, antes de interromper a ligação.
No entanto, em
manifestação à Procuradoria-Geral da República (PGR), o deputado informou outra
coisa. Na tentativa de justificar a nomeação de Maria do Carmo como servidora
comissionada da Câmara dos Deputados, Jonga Bacelar, nos autos do inquérito
civil, afirmou que ela prestava o serviço de copeira, atividade distinta da
exercida por um secretário parlamentar.
O deputado, que no
momento da ligação afirmou estar [no banho], foi questionado também sobre
depoimentos de funcionários do seu gabinete em Salvador que disseram nunca ter
visto Maria do Carmo no local. Ele não quis responder à pergunta.
A PGR denunciou o parlamentar por peculato e pediu a perda
do seu mandato ao Supremo Tribunal Federal (STF). (bahia.ba)
Foto: Câmara dos Deputados