O ministro Luís
Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou, em entrevista
à BBC Brasil, o que possivelmente será a questão mais polêmica das eleições
de 2018 – a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar o
Planalto.
[Acho que, em nome
da segurança jurídica e da estabilidade do jogo democrático, é melhor que se
defina o mais cedo possível quais vão ser as regras, quem vai poder ser
candidato. Eu não acho que isso seja problema, nem indício de perseguição, acho
que é um momento de prudência], disse o ministro.
O petista,
atualmente líder nas pesquisas eleitorais, corre o risco de ser barrado pela
Lei da Ficha Limpa caso o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4)
confirme a condenação do juiz Sérgio Moro, que concluiu que Lula recebeu um
apartamento tríplex no Guarujá (SP) em troca da promoção de interesses da
empreiteira OAS junto à Petrobras.
A defesa do
ex-presidente nega e diz que seu cliente não é julgado com isenção ? um dos
indícios disso, segundo aliados do petista, seria a celeridade dada ao processo
no TRF-4.
Em resposta, o
presidente da Corte, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, negou que tenha
ocorrido ritmo diferente em relação a outros casos. De acordo com ele, 1.326
apelações foram julgadas pelo tribunal em um tempo inferior apenas neste ano.
(bahia.ba)
Foto: Divulgação/MPF