Bolsonaro pede ao TSE para barrar divulgação de pesquisa do Datafolha

O deputado federal Jair Bolsonaro e o Partido Social Liberal
(PSL) pediram nesta terça-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a
impugnação da pesquisa do Datafolha de intenção de votos. A próxima divulgação
está prevista para amanhã (31).

Além de pedir a concessão em caráter de urgência, a defesa
do deputado ainda solicita que, no julgamento de mérito da representação
protocolada no TSE, a pesquisa seja impedida de circular definitivamente.

PSL e Bolsonaro afirmam que os questionamentos na sondagem
de opinião dos potenciais eleitores se [revelam tendenciosos, com nítido
objetivo de manipular, não apenas o eleitor consultado, mas também aqueles que
do seu conteúdo tiverem conhecimento, tudo isso em benefício de uma determinada
candidatura, cujo registro perante o TSE é natimorto], afirmam.

Segundo a defesa de Bolsonaro, a pesquisa [reserva
tratamento difamatório, baseado em premissa reconhecidamente falsa]. [Não fosse
tudo isso, de outro turno, ao candidato ora representante, embora nunca tenha
merecido reprimenda da Justiça Criminal, é atribuída a pecha de denunciado por
enriquecimento ilícito, de forma manifestamente difamatória], contestam.

Lula. A representação contra o Datafolha ainda comenta
sobre os questionamentos da pesquisa quanto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. [Verifica-se que as perguntas consignadas nos itens 10 a 18, à
exceção da pergunta número 14, que será vista especificamente adiante,
constituem, em síntese, um escrutínio das ações do Poder Judiciários em relação
ao Ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva], afirma.

[Todos esses fatos somados induzem ao abrandamento das
condutas praticadas pelo Ex-Presidente, que emerge como vítima de um sistema
parcial e perseguidor], afirmam Bolsonaro e o PSL ao comentarem as questões
sobre Lula, que figura no topo de pesquisas de intenção de voto para
presidência da República ao lado de Bolsonaro.

O deputado anunciou no início do mês sua filiação ao PSL,
pelo qual pretende concorrer ao cargo de chefe do executivo.

Em razão do recesso, que termina somente nesta quinta-feira
(01), a análise do pedido de cautelar deverá ser feito pelo presidente do TSE,
ministro Gilmar Mendes. (AE)

Foto: Wilson Dias – ABR