O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) se esquivou de
responder todas as perguntas relacionadas a uma eventual candidatura dele à
Presidência da República. Acompanhado da esposa, Eva Meirelles, o ministro
disse não estar pensando nas eleições no momento, mas que tem até abril para
decidir.
[Minha mulher tem acompanhado tudo isso e sabe que estou
focado], disse ao reafirmar que seu compromisso é, agora, com o Ministério da
Fazenda e com seu trabalho de recolocar a economia brasileira nos trilhos. [Penso
em executar da melhor maneira a minha função de ministro. Tenho uma atitude e
postura de cumprir minhas funções], afirmou, ponderando que muitas autoridades
que estavam em um determinado cargo público e tentaram outros postos acabaram
tendo problemas porque não atingiram o posto almejado e executaram mal o cargo
onde estavam.
Meirelles lembrou de 2010, quando teve seu nome indicado
para ser o candidato a vice-presidente na chapa que seria encabeçada pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a reeleição. À época, ele era o
presidente do Banco Central e só externou a sua decisão de ficar no BC no dia
anterior ao término do prazo para oficialização de candidaturas. [Dito isso, eu
tenho um prazo até 7 de abril para me decidir], concluiu.
Perguntado sobre se a aprovação da reforma da Previdência
pesaria para sua decisão de postular a candidatura à Presidência da República,
Meirelles disse que não e acrescentou que a reforma previdenciária não é um
projeto seu, pessoal, mas um projeto do País. Sobre se pensa em deixar o PSD
para ser candidato, já que o partido tende a apoiar a candidatura do governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Meirelles foi taxativo: [Como não sei
se sou candidato, não estou preocupado com a questão de partidos]. (Com AE)
Foto: Valter Campanato-ABR