O presidente Michel Temer (MDB) confirmou neste sábado (17),
após se reunir com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), a criação do
Ministério Extraordinário da Segurança Pública, para coordenar as políticas do
setor, e disse que já conversou com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), e Senado, Eunicio Oliveira (MDB-CE), sobre a nova pasta, que [não vai
invadir as competências de cada Estado federado].
E afirmou que a intervenção federal no Estado irá se dar de
forma cooperativa, e que o objetivo é proteger os mais vulneráveis e
evitar que a escalada da violência se alastre pelo País. Após a reunião,
ele retornou a Brasília.
[É uma intervenção cooperativa. Nós a decretamos depois de
uma conversa com o governador, que, naturalmente, concordou, e irá prestar toda
a colaboração necessária], afirmou Temer. [É intolerável continuar a
situação que está no Rio, porque ela cria também problema para outros estados.
Quando as coisas desandam aqui, a tendência é desandar em outros Estados. Nós
não queremos isso].
O presidente se reuniu por cerca de uma hora com Pezão, o
interventor, o general de Exército Walter Souza Braga Netto, o prefeito da
capital, Marcelo Crivella (PRB), o presidente do Tribunal Justiça, Milton
Fernandes, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, entre outras
autoridades, no Palácio Guanabara, no Rio, sede do governo estadual.
Na saída, fez um pronunciamento de pouco mais de três
minutos a jornalistas, e não respondeu a perguntas. O governador e o
interventor tampouco falaram com a imprensa. Não foi divulgada qualquer
informação sobre o planejamento das operações das Forças Armadas.
Temer disse que será necessária a união de toda a sociedade
para combater a violência. [Todos unidos juntamente com a União e o Estado para
o combate à criminalidade, nesse momento fundamental], declarou.
[Queremos que o Rio esteja firme, seguro, especialmente para
proteger os mais vulneráveis. Não foram poucas as mortes havidas, de
trabalhadores, de crianças, jovens, lamentavelmente. Queremos dar um fim a
isso, por isso nomeamos um interventor]. (Diário do Poderr)
Foto: Alan Santos