Tão logo tomou conhecimento de que o ministro Luís Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a quebra do seu sigilo, o
presidente Michel Temer informou que dará à imprensa [total acesso] às
informações do seu extrato bancário.
O inquérito que investiga Temer desde setembro apura um
suposto pagamento de propina na edição do decreto dos portos, a empresa
Rodrimar, que atua no Porto de Santos (SP), teria sido beneficiada. A
empresa nega, Temer também.
Barroso autorizou as investigações com base nas delações de
Joesley Batista, dono do grupo J&F, e de Ricardo Saud, ex-executivo do
grupo, apesar de todos os acontecimentos que prejudicaram a credibilidade das
acusações. O próprio presidente tem repetido que a delação da turma da JBS é
[pífia] e que está [desmoralizada].
O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse em coletiva
na qual disse que Temer [não tem nada a esconder] e que ficou contrariado e
indignado com o envolvimento do seu nome nessa investigação. [Não há como não
se indignar diante do fato de que um inquérito completamente fraco, onde
inexistem sequer indícios de qualquer ilícito resulte numa decisão dessas que,
em se, digamos sendo tomada em relação ao presidente da República revela uma
falta de cautela que nos estranha nesse momento.]
Eis o teor da nota Da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência:
[O presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os
extratos de suas contas bancárias referentes ao período mencionado hoje no
despacho do iminente ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total
acesso a esses documentos. O presidente não tem nenhuma preocupação com as
informações constantes suas contas bancárias. Secretaria Especial de
Comunicação Social]. (Diário do Poder)
Foto: Beto Barata