Lava jato prende dez, incluindo empresários e ex-secretário do PT

A Polícia Federal
cumpre dez mandados de prisão preventiva em mais um desdobramento da Lava Jato,
batizada de Operação Rizoma, que tem como alvos, entre outros, Milton Lyra,
citado como operador de políticos, em Brasília; Marcelo Sereno, ex-secretário
nacional de comunicação do PT, e figura de destaque no primeiro governo Lula; e
Arthur Pinheiro Machado, apontado como operador e criador da Nova Bolsa, que
recebeu aportes financeiros dos dois fundos de pensão.

Ao todo, 140
policiais federais atuam no cumprimento desses mandados, que incluem 21 de
busca e apreensão no Rio, São Paulo e Distrito Federal. De acordo com o MPF, a
empresa de Machado recebia dinheiro dos fundos concomitantemente a um contrato
de câmbio com empresas de fachada, pertencente a Edward Penn, operador que
trabalha nos Estados Unidos.

Arthur Pinheiro
Machado fez um contrato de câmbio para importação de softwares das empresas
americanas de Edward Penn, mas, segundo os investigadores, essas importações
eram fraudulentas. A compra seria simulada por Machado, que enviava o dinheiro
para o exterior.

A partir da delação
de um dos envolvidos, os investigadores puderam verificar que o dinheiro das
compras era remetido para fora do país, tendo a participação dos doleiros
Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, e seu sócio, Cláudio Fernando
Barbosa, o Tony, ambos acusados de envolvimento em operações de lavagem de
dinheiro do esquema do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Eles repassavam o
dinheiro depois para pessoas indicadas por Machado. A Lava-Jato aponta a
conexão dos fundos de pensão com os doleiros, Juca Bala e Toni, como sendo o
elo entre o esquema de lavagem já usado pelo grupo de Cabral

Juca e Toni usavam o
mesmo esquema do ex-governador para pagar os gestores dos fundos, indicados por
Machado.

Além de Machado,
Penn, Sereno e Lyra, São ainda alvos de mandado de prisão Patrícia Iriarte,
apontada como operadora do esquema junto a Machado; Adeilson Ribeiro Telles,
que foi chefe de gabinete do ex-presidente dos Correios Wagner Pinheiro e
Henrique Barbosa, da Postalis; Ricardo Siqueira Rodrigues, operador financeiro;
e Carlos Alberto Valadares Pereira da Serpro.

De acordo com as
investigações, os suspeitos fazem parte do esquema criminoso chefiado pelo
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. (Diário do Poder)

Foto: Divulgação

 

 

 

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