O ex-ministro Antonio Palocci, um dos personagens mais
poderosos nos governos petistas, assinou acordo de delação premiada com a Polícia
Federal, considerada [a delação do fim do mundo] petista, que tem em Lula um
dos principais alvos. Ele acelerou as negociações do acordo com a PF após sua
condenação a pena semelhante à aplicada depois ao ex-presidente, de 12 anos de
prisão, e pelos mesmos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
segundo reportagem de Jailton Carvalho no jornal O Globo.
Palocci buscou fazer acordo com a PF após tentar sem sucesso
convencer o Ministério Público Federal (MPF) de negociar o entendimento, que
prevê a redução de pena.
O ex-ministro da Fazenda do governo Lula e da Casa Civil do
governo Dilma Rousseff já vinha colaborando com a Justiça e fez revelações
devastadoras contra Lula, acusando-o inclusive de haver celebrado um [pacto de
sangue] com a empreiteira Odebrecht.
As informações e os documentos fornecidos pelo ex-ministro
devem gerar a abertura de novos inquéritos, operações e até mesmo prisões.
Pacto de sangue
Palocci quebrou o silêncio em setembro do ano passado
quando, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, acusou Lula haver celebrado um [pacto de sangue] com a empreiteira Odebrecht e recebido um pacote de propina
que incluía o terreno do Instituto Lula, o sítio em Atibaia, [palestras] com cachê
de R$200 mil cada uma, e R$150 milhões para as campanhas do ex-presidente.
O ex-ministro contou que o dinheiro e as vantagens para
Lula eram produto de corrupção por meio de contratos superfaturados com
empresas públicas. Palocci também acusou a ex-presidente Dilma de compactuava
com o esquema. Confessou também que ele e Lula tentaram atrapalhar a Lava Jato.
(Diário do Poder)
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