Além de atingir Lula, o acordo de delação de Antônio Palocci
vai [colocar na roda] a ex-presidente Dilma Rousseff, a quem o ex-ministro
petista já acusou, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, de compactuar com os
esquemas de corrupção do seu governo. Palocci deve detalhar, por exemplo, a
reunião entre Lula, Dilma e Emílio Odebrecht, no fim de 2010, para acertar os
detalhes do esquema de propina e do direcionamento de grandes licitações em
favor da empreiteira. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário
do Poder.
A reunião com Dilma, citada antes por Palocci, serviu para
esclarecer dúvidas sobre a [conta corrente] de R$ 300 milhões para o PT.
Palocci promete contar como Dilma agiu para manipular a licitação
do Galeão para a Odebrecht, com cláusulas de exclusão dos rivais.
Palocci já falou sobre como a aquisição de sondas pela
Petrobras para explorar o pré-sal serviu para financiar a campanha de Dilma, em
2010.
Além de coordenador da campanha, Palocci foi ministro da
Casa Civil de Dilma e atuava direto com a Odebrecht, que o apelidou de [Itália].
(Diário do Poder)
Foto: EBC