A segunda turma
do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar nesta terça-feira (8) o
habeas corpus pedido pela defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA). O
emedebista é acusado de crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa,
no caso em que foram encontrados R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador. A
mãe dos políticos, Marluce Vieira Lima, e o irmão do ex-ministro, deputado
federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), também são alvo da ação. Geddel está preso
há sete meses.
Já no dia 9 de
abril, uma manifestação que reitera à Corte que aceite a denúncia contra Geddel
foi enviada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No documento,
Dodge contesta a alegação da defesa de que a denúncia é frágil, por não
descrever adequadamente o fato criminoso. Para ela, a narrativa da denúncia
delimita, especifica e aponta o que cada um dos acusados fez nos contextos
criminosos. De acordo com a procuradora-geral, a defesa reproduz em suas
manifestações [as argumentações padronizadas de sempre].
Segundo Raquel
Dodge, Geddel, Lúcio e a mãe deles, Marluce, faziam aplicações com a intenção
de ocultar os valores obtidos irregularmente. O dinheiro era [por eles aplicado
em investimentos no mercado de incorporação imobiliária de alto luxo na capital
baiana, por meio do Grupo Cosbat – Construção e Engenharia]. Segundo a
denúncia, pelo menos R$ 12.778.895,49 foram usados para adquirir cotas de
participação de empreendimentos da empresa, por meio de empresas que tinham
como sócios Marluce e Geddel Viera Lima.
A defesa dos
acusados alegou ainda que as três buscas e apreensões realizadas ao longo das
investigações não são válidas. Em uma manifestação, os advogados contestam a
validade da decisão do juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, que deu início às
investigações, e dos laudos periciais. (bahia.ba)
Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil