Plano de redução de morte é tema de audiência

Os acidentes de trânsito no
Brasil matam cerca de 40 mil pessoas por ano e deixam mais de 300 mil com
lesões graves. Os números foram apresentados pela Polícia Rodoviária Federal na
audiência pública realizada ontem, no auditório da ALBA, sobre o Plano Nacional
de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS). O plano, criado em
janeiro de 2018, tem como objetivo criar um regime de metas de redução de
índices de mortes no trânsito. O evento contou com a presença de gestores da
PRF e representantes de entidades ligadas a área de segurança pública, saúde e
educação.
Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública,
Marcelino Galo, que representou a ALBA no evento, o objetivo do plano é
sistematizar e dar mais eficiência as ações para reduzir as mortes nas
estradas. Para o deputado, os problemas do trânsito de veículos é determinado
pelo estágio civilizatório da sociedade. [Apenas a ação fiscalizatória da PRF
não vai resolver os problemas do trânsito no Brasil. Não devemos ter a
[indústria da multa], essa sanha arrecadatória verificada em alguns municípios,
mas ações pedagógicas, educativas, para diminuir os acidentes e preservar
vidas], afirmou Galo.
O superintendente da PRF, Virgílio Tourinho, contou que a instituição estima
que 95 por cento dos acidentes acontecem por imprudência do condutor. [Nós da PRF
estamos conclamando a toda sociedade para que participem de forma integrada do
debate sobre a mortalidade no trânsito. Estamos apresentando nossas propostas
tendo conhecimento que a integração é tudo, precisamos unir os gestores e a
população para elaborarmos um plano eficiente e factível], afirmou Tourinho.
O diretor do Departamento Nacional de Transito (Denatran), Maurício Alves,
afirmou que as mortes no trânsito têm sido reduzidas progressivamente nos
últimos anos. Ele apresentou números do Datasus demonstrando que em 2012
morreram 44.812 pessoas em acidentes no trânsito de todo país, contra 37.345 em
2012. [Nosso compromisso com o país é baixar mais esse índice tendo como meta
reduzir em 50 por cento as ocorrências até 2028], afirmou Alves.
Maurício Alves ressaltou que mesmo com a redução dos acidentes há mais mortos
no trânsito por ano no Brasil do que o somatório de vítimas de conflitos
armados e guerras em todo o mundo. Ele disse que o investimento em transporte
coletivo é uma das formas de se reduzir esse número assustador. [Nossa
legislação é considerada dura e tivemos grandes avanços nessa área como a lei
seca. Mas, como nação, precisamos rever essa situação conceitualmente. É
preciso que todo sistema de transito seja aliado da sociedade], afirmou.
O superintendente da Transalvador, Fabrício Muller, também apresentou dados
mostrando uma redução do número de vítimas do trânsito, dessa vez em Salvador.
Ele contou que houve uma redução de 51 por cento de mortes nos últimos cinco anos,
passando de 247 em 2012 para 120 em 2017. Fiscalização mais intensa, redutores
de velocidade, radares, foto sensores e blitz diárias de alcoolemia foram apontados
pelo gestor como motivadores dessa redução. [Outras medidas também estão sendo
tomadas. Na avenida Suburbana, que ao lado da Paralela e ACM são as vias que
registram maior número de acidentes em Salvador, a melhoria do fluxo de
veículos e a implantação de redutores de velocidade trouxe uma diminuição de
40 por cento dos acidentes na avenida], contou Muller.] Agencia Alba

 

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