O presidente interino do PSB, Roberto Amaral, convocou
uma reunião da executiva nacional do partido para a próxima quarta-feira (20),
em Brasília, para definir se manterá ou não candidatura própria à Presidência
da República após a morte do presidente da sigla e candidato ao planalto,
Eduardo Campos, em acidente aéreo na cidade de Santos, na última quarta-feira
(13). “A tendência é o partido ter candidato”, disse Amaral. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O nome mais forte para encabeçar a chapa é o da atual
vice, Marina Silva, apesar da resistência de alguns setores do partido. Na
quinta-feira (14), o irmão de Campos, Antônio Campos, defendeu que a
ex-ministra do Meio Ambiente deveria ser a candidata do partido. ?Tenho
convicção que essa seria a vontade de Eduardo?, escreveu em carta aberta. O
prazo para indicação da nova chapa encerra-se no dia 23.
A mídia tradicional especulou também que a viúva, Renata
Campos, estaria a favor de Marina.
Além da família, dirigentes dos outros quatro partidos
que integram a coligação ? PHS, PRP, PPL e PSL ? também defendem a candidatura
da ex-ministra. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse que
considera natural Marina assumir o lugar de Campos.
Os dirigentes do PSB, no entanto, reivindicam garantias
de que a candidata não vá interferir nas coligações estaduais. Em São Paulo,
por exemplo, ela era contrária à aliança com o governador e candidato à
reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), que cedeu a vice para o deputado Márcio
França.
O partido também aguarda o resultado de pesquisa do
instituto Datafolha, que excluiu o nome de Campos e considerou cenários com e
sem Marina como candidata, agendada para divulgação na próxima segunda-feira
(18).
Em 2010, Marina foi candidata pelo Partido Verde e
obteve 19,33 de votos, o equivalente a pouco mais 19,6 milhões. (RBA)