O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja
(PSDB), foi alvo da Operação Vostok da Polícia Federal, deflagrada na manhã
desta quarta (12). Um deputado estadual, um conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado, empresários e fazendeiros também foram alvos da operação da
PF.
A ação investiga o pagamento de propina a
representantes da cúpula do Executivo de Mato Grosso do Sul, baseada na delação
premiada de executivos da JBS, empresa do ramo frigorífico. Foram
detalhados procedimentos adotados junto ao governo do estado para a obtenção de
benefícios fiscais (Tares).
De acordo com as investigações, do total de créditos
tributários auferidos pela empresa dos delatores, um percentual de até 30 era
revertido em proveito da organização criminosa. Parte da propina acertada teria
sido viabilizada antecipadamente na forma de doação eleitoral oficial, ainda
durante a campanha para as eleições em 2014. O restante do dinheiro foi
repassado em espécie, em 2015.
Com os acordos de benefícios fiscais concedidos pelo governo
estadual ao frigorífico, mais de R$ 200 milhões em impostos deixaram de ser
recolhidos aos cofres públicos apenas nos dois primeiros anos da gestão de
Azambuja.
Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do
candidato à reeleição ao governo do estado, em Campo Grande. A PF esteve ainda
na sede do governo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o
cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária.
Azambuja lidera as pesquisas de intenção de voto para
governador do Mato Grosso do Sul, conforme Pesquisa Ibope divulgada no dia 24
de agosto. O governador aparece com 39 dos votos válidos. (Com informações da
Agência Brasil)
Foto: Divulgação PSDB