Nos dias em que chove presidenciáveis na Bahia, com Haddad
no fim de semana, Amoedo, Boulos e Alckmin quinta e sexta, convém lembrar que o
jogo de 2018 tem outra face,
Petistas e tucanos polarizaram a disputa presidencial desde
1994, quando Fernando Henrique ganhou de Lula, a quem tornaria a derrotar em
1998. Daí Lula ganhou em 2002, 2006, com Dilma em 2010 e chega a 2018 ainda com
gás. O outro lado, penando.
No caminho dos dois, eis que surge Bolsonaro.
Petistas só fazem autocríticas intramuros. Dizem que Lula,
no poder, com a faca e o queijo na mão para mudar as regras do jogo, fez o inverso.
Entrou de sola no esquemão.
Tucanos também se queixam intramuros. Dizem que o grande
erro foi ter apoiado o impeachment de Dilma. Agora, ela estaria sangrando.
Pelo contrário, apoiou Temer e o tiro saiu pela culatra.
Aécio Neves deixou um fardo para o partido, que agora paga caro, até ajudando a
[lavar] o PT e dar-lhe as condições competitivas que ostenta agora.
Bolsonaro prometendo bala para bandidos no momento em que os
escândalos de corrupção nas duas bandas viraram rotina. Desencanto na maioria
temperado com a sensação de que a única coisa que cresce no Brasil a olho nu é
a violência. O PT foi omisso e os tucanos pagam o preço do casamento com Michel
Temer, e com isso perdeu espaço.
Bolsonaro, Haddad, Ciro Gomes, Alckmin ou Marina, um deles
será o presidente. Seja lá quem for, aperte o cinto. A previsão indica que
teremos turbulências. (Levi Vasconcelos-bahia.ba)
Foto: Reprodução/Twitter/arquivo pessoal