Temer admite suspender intervenção militar no Rio para votar Previdência

Em entrevista à
Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Michel Temer admitiu
suspender, provisoriamente ou definitivamente, a intervenção federal na
segurança pública do Rio de Janeiro para votar a reforma da Previdência
ainda este ano.

Conforme a lei, a intervenção impede a votação de emendas constitucionais, como
é o caso da tramitação da PEC 287/2016, que altera as regras de aposentadoria e
pensão. As informações são da Agência Brasil.

[Como depende de votação em primeiro e segundo turnos, de repente pode
suspender a intervenção], disse nesta terça-feira (25), em Nova York, nos
Estados Unidos. Ele assinalou que [o combate ao crime [no Rio] deu
resultado] e admitiu até o fim da intervenção no estado.

[Vamos dizer que [caso] se encerre a intervenção, é preciso manter a estrutura
que lá foi montada], afirmou. A intervenção está prevista para terminar em 31
de dezembro de 2018. De acordo com Temer, a decisão vai depender de
conversações entre o primeiro e segundo turnos das eleições (dias 7
e 28 de outubro) e também da vontade de seu sucessor. 

Na segunda (24), Temer se reuniu com cerca de cem empresários
norte-americanos, e disse que [a mensagem que passou ao mercado] é a de que
haverá reforma da Previdência Social, independentemente de quem venha a ser
escolhido como novo presidente da República. A intenção de Temer é levar
para os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado o projeto aprovado
em comissão especial da Câmara desde o primeiro semestre do ano passado.

O presidente garantiu aos empresários norte-americanos que [passadas as
eleições, quem chegar vai ter que continuar as reformas que fizemos].
Michel Temer lembrou na entrevista que durante o seu mandato reduziu a
inflação, baixou a taxa de juros (Selic) e aprovou reformas como a mudança na
legislação trabalhista e a emenda constitucional que estabelece o teto de
gastos.

[Eu duvido que quem seja eleito tente derrubar e, portanto, consiga apoio no
Congresso para derrubar o teto de gastos públicos], sublinhou. [Eu quero ver
quem vai chegar e vai dizer: [Eu quero mudar tudo isso. Eu quero inflação de
10.Eu quero juros de 14,25].

Transição Segundo o presidente, o governo está preparado para fazer uma [transição
tranquila[. Uma comissão para fazer a transição já foi [desenhada[ no
Palácio do Planalto e estão prontos [cadernos do governo[ sobre as
realizações em cada estado da Federação. Os ministérios também preparam
relatórios individuais, afirmou.

O presidente discursou na abertura da Assembleia Geral
da ONU, que acontece em Nova York. (Folhapress).

Foto: Marcos Corrêa / PR

(Bahia Noticias)