A Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia levantou a voz
hoje (16/10) contra as perdas para o turismo no estado. A avaliação crítica, em
relação a gestão do turismo no estado aumentou após o anúncio do fechamento do
Bahia Othon Palace Hotel, localizado em Ondina a partir do dia 18 de novembro.
O fechamento do Othon ocorre quase três anos após o fechamento do Hotel
Pestana, no bairro do Rio Vermelho. Somente nos últimos cinco anos, 22 hotéis
fecharam as portas em Salvador e apenas dois foram abertos, conforme
informações da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (Abih-BA). Para a
Oposição, o fato é uma prova da lacuna, em relação aos investimentos no turismo
pelo Governo do estado. Entre as motivações para a baixa, os deputados
consideram a grave ausência do Centro de Convenções, que infelizmente está
fechado há três anos.
[Infelizmente o Governo da Bahia abandonou o turismo. Houve
um descaso grande do Governo do estado com o Centro de Convenções, o que gerou
uma perda de mais de R$200 milhões por ano, em negócios com a falta de funcionamento
do espaço. Há três anos, o estado vem perdendo com a incompetência do governo
nessa área], lamentou o líder da Bancada de Oposição, Luciano Ribeiro (DEM).
O investimento em Turismo não foi considerado na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2019, sendo essa uma
cobrança feita pela Bancada, que apresentou emenda pedindo a prioridade para o
setor. Em 2017 houve uma queda em 60 por cento no setor do turismo na Bahia,
além disso nesse mesmo ano, a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur)
devolveu ao governo federal, ou seja deixar de aproveitar R$14,3 milhões, que
poderiam ter sido investidos no setor no estado.
Consta que houve uma redução gradual da oferta de voos para
a capital baiana e uma deficiência estrutural do aeroporto por muitos anos.
Além disso, aponta-se a falta de competitividade e principalmente de políticas
de atração do governo baiano para o turismo no estado, o que prejudicou todo o
sistema em cadeia: bares, restaurantes, transportes, hospedagens, gerando
perdas para o PIB, a arrecadação de impostos e o crescimento da renda e do
emprego. (Lílian Machado – Ascom).
Foto: Ascom