O juiz Sérgio Moro vai levar para o Ministério da Justiça
integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, informa reportagem do jornal
o Estado de S. Paulo.
De acordo com a publicação, o magistrado já avalia nomes ligados à Polícia
Federal, que voltará a ficar sob o comando da pasta, e à Receita Federal.
Para colocar em prática a promessa de uma [agenda
anticorrupção e anticrime], Moro terá o maior orçamento da pasta nesta década.
Serão R$ 4,798 bilhões em 2019, 47 por cento a mais do que a dotação autorizada
para este ano. Ao mesmo tempo, herdará um déficit de pessoal em órgãos como a
Polícia Rodoviária Federal.
Na quinta (1º), o magistrado aceitou o convite do presidente
eleito, Jair Bolsonaro, para integrar o futuro governo. Antes da oficialização
do seu nome, Moro e Bolsonaro conversaram na sala da casa do deputado na Barra
da Tijuca, no Rio.
Por meia hora, a discussão teve a participação do economista
Paulo Guedes, que vai comandar o novo Ministério da Economia. Depois, por 40
minutos, Bolsonaro e Moro ficaram sozinhos discutindo pontos prioritários do
governo. Após o encontro, em coletiva, Bolsonaro disse que eles estavam
alinhados: [Chegamos a um acordo de 100 por cento em tudo].
Segundo o diário paulista, além de nomes da Polícia Federal
e da Receita, o juiz tem afirmado a interlocutores que gostaria de contar com
[um ou dois nomes] ligados ao Ministério Público Federal, mas admite que a
participação de representantes desse braço da Lava Jato é [mais complicada]
porque dependeria de exoneração de cargos.
Ainda conforme o jornal, Moro deve começar a analisar a
estrutura do ministério assim que a equipe de transição começar a repassar os
dados. Na terça-feira, ele concede a primeira entrevista coletiva para falar
dos seus planos à frente da pasta. (bahia.ba).
(Foto: Dida Sampaio/Estadão).