A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou, nesta
quarta-feira (14), que o impasse gerado com a saída dos profissionais cubanos
do [Mais Médicos”, gerado após declarações do presidente eleito Jair
Bolsonaro (PSL), vai prejudicar a camada vais vulnerável da população]. A
parlamentar foi autora do relatório que avaliou o programa na Comissão de
Assuntos Sociais do Senado.
Segundo ela, [prefeitos de diferentes correntes partidárias
aprovaram o desempenho dos médicos vindos daquele País] De acordo com o
relatório entregue por Lídice na CAS do Senado, em menos de três anos o
programa foi responsável pela alocação de profissionais de saúde em regiões
remotas do País, sobretudo no Nordeste.
A socialista lembrou ainda que os cubanos atuaram em regiões
de alta vulnerabilidade social e que os estrangeiros ocuparam as vagas que
foram recusadas pelos profissionais do Brasil.
O Mais Médicos chegou a 18,2 mil profissionais no auge
do programa e, segundo pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, 85 por
cento das pessoas atendidas avaliaram positivamente a iniciativa. [Numa escala
de zero a dez, o programa obteve nota nove entre as pessoas que o utilizaram
e/ou avaliaram], explicou.
Impasse
Bolsonaro anunciou, nesta quarta-feira (14), que o diplomata Ernesto Araújo
será o novo ministro das Relações Exteriores. O anúncio acontece horas depois
de Cuba anunciar o fim da parceria com o Brasil no programa Mais Médicos.
[Atualmente, Cuba fica com a maior parte do salário dos médicos cubanos e
restringe a liberdade desses profissionais e de seus familiares. Eles estão se
retirando do Mais Médicos por não aceitarem rever esta situação absurda que
viola direitos humanos. Lamentável!], escreveu no Twitter. A informação também
foi reforçada em coletiva de imprensa, durante a tarde.
[A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o
Brasil vive hoje. Informo a todos a indicação do Embaixador Ernesto Araújo,
diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das
Relações Exteriores], completou, ainda na rede social.
Na coletiva, o presidente eleito diz também que não vai convidar os 11
mil médicos cubanos a ficar no Brasil. [Se esses médicos fossem bons
profissionais, estariam no quadro de médicos do país.] (Henrique Brinco-BNews).
Foto: Bnews