O ex-ministro José
Eduardo Cardozo afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o juiz
Sérgio Moro ao aceitar o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL)
para ser ministro da Justiça, lança dúvidas sobre sua isenção na Lava Jato e
diz que o juiz deveria ter se imposto uma [quarentena ética] antes de ir para o
Executivo.
[Não existe cargo de
ministro que não seja político. Um ministro tem que guardar uma relação com o
governo e sua visão política], ressaltou.
[No fundo, ele está
encontrando retoricamente uma maneira de dizer que o cargo é técnico para que
ele possa se justificar diante daquilo que ele disse anteriormente. Agora,
vamos ser sinceros? Ele não só disse isso como também o presidente disse que
ele poderia ser nomeado para a Suprema Corte. Ora, depois disso ele tomou
decisões que influenciaram o processo eleitoral. É uma situação que exigia
dele, no mínimo, uma quarentena ética. Não é legal, porque não existe uma
situação legal, mas deveria ter uma quarentena ética. Alguém que influencia o
processo eleitoral tem que se considerar impedido de assumir cargos de livre
nomeação de um governo que foi eleito a partir de decisões que ele tomou. Isso
é questão de moralidade, questão de ética], completou. (bahia.ba)
Foto: Divulgação
Ministério da Justiça