O governo estadual
avalia um conjunto de medidas para equilibrar as contas públicas que devem ser
enviadas à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na próxima semana. Em
entrevista à imprensa, o governador Rui Costa já afirmou que não tem previsão para suplementar o
Tribunal de Justiça (TJ-BA) e a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), por
conta da situação financeira. Por outro lado, o secretário de Comunicação,
André Curvello, já negou o boato de parcelamento dos salários dos servidores.
O líder do governo
na Casa, Zé Neto (PT), argumenta que o conjunto de reformulações deve ser de
medidas que já são utilizadas em outros estados. Uma deles é o aumento da
contribuição previdenciária dos servidores, que pode aumentar para 14 por cento,
conforme o governo estuda. ?O governo está usando expediente que está sendo
usado em todos os estados brasileiros. Uma parte dele já tem contribuição de 14
por cento e o governador está estudando essa situação?, afirmou ao bahia.ba.
[Nós temos um
momento dificílimo no âmbito nacional em vários estados. Dezenove estados não
vão conseguir pagar 13º salário nesse ano. Nós temos situação drástica do ponto
de vista da previdência. A previdência saiu em 11 anos da casa dos R$ 360
milhões para mais de R$ 4 bilhões. Isso afeta diretamente as contas públicas],
justificou.
Segundo o líder, o
governo avalia ação conjunta que deve incluir, além da reformulação no âmbito
da previdência, corte de despesas, reforma administrativa e otimização de
taxas. Medidas semelhantes foram adotadas no final do governo Jaques Wagner,
antes de Rui Costa assumir, com redução de empresas, secretarias, diminuição de
horas extras e diárias.
[Tudo isso faz parte
de um conjunto de medidas para a gente enfrentar essa grande missão. A crise é
grande. Nós enfrentamos crise difícil no começo do governo Rui e foi realmente
muito difícil. A gente conseguiu ultrapassar graças àquela primeira reforma
administrativa no final do governo Wagner. Mas aquela reforma já exauriu],
considera.
Apesar da contenção
de despesas, o líder da maioria ainda avalia que a situação da Bahia é melhor
do que a de outros estados do País. [A situação do estado ainda é,
nacionalmente, um dos estados que consegue fazer o dever de casa. Tem vários
estados que tem contas reprovadas, com dificuldades crônicas], defendeu. (Juliana
Almirante – bahia.ba).
Foto: Sandra
Travassos/ AL-BA