Preso
na manhã desta quarta-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Luiz
Fernando Pezão (MDB), operava um esquema de corrupção próprio, segundo a
Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a PGR,
são nove os alvos da Operação Boca de Lobo, que, além de Pezão, mira assessores
e um sobrinho. As ações são executadas pela Polícia Federal.
Entre os nomes estão
José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras; Affonso Henriques Monnerat Alves
da Cruz, secretário de Governo; Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da
secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, e Marcelo Santos Amorim,
sobrinho do governador.
Também estão entre
os alvos Cláudio Fernandes Vidal, sócio da J.R.O Pavimentação; Luiz Alberto
Gomes Gonçalves, sócio da J.R.O Pavimentação; Luis Fernando Craveiro de Amorim
e César Augusto Craveiro de Amorim, ambos sócios da High Control.
[Existe uma
verdadeira vocação profissional ao crime, com estrutura complexa, tracejando um
estilo de vida criminoso dos investigados, que merece resposta efetiva por
parte do sistema de defesa social], disse a procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, no pedido das prisões.
Novidade
A procuradora Raquel
Dodge afirmou que ficou [demonstrado ainda que, apesar de ter sido homem de
confiança de Sérgio Cabral e assumido papel fundamental naquela organização
criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Luiz Fernando Pezão operou
esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros]. As
conclusões se sustentam em informações decorrentes de uma colaboração premiada
homologada no Supremo Tribunal Federal e documentos apreendidos na residência
de um dos investigados na Operação Calicute.
A partir daí foram
realizadas diligências que permitiram aos investigadores complementarem as
provas. Foram analisadas provas documentais como dados bancários, telefônicos e
fiscais. (bahia.ba).
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