A futura ministra de
Mulheres, Família e Direitos Humanos, Damares Aves, disse em entrevista
que foi violentada por dois pastores da igreja que ela e família frequentava.
Na última semana, a pastora evangélica foi criticada ao defender a provação
de um projeto que ficou conhecido como [bolsa estupro], valor mensal para
manter a gravidez de mulheres vítimas de estupro.
[O primeiro abusador
foi às vias de fato. Fui estuprada por dois anos. Ele dizia que eu era
[enxerida], que a culpa era minha e que, se falasse, meu pai morreria], revelou
a futura ministra. Ela disse ainda que o segundo a machucou quatro vezes. [Falar
sobre isso me dói. Me expor custa demais. Mas entendo que preciso passar a
mensagem de que sobrevivi], contou a pastora.
Damares afirmou que
seus pais e a igreja [erraram] quando descobriram os abusos.
[Quando meus pais
descobriram, foram conversar com religiosos da igreja e tiveram a orientação de
não falar comigo, mas de orar. Naquela época não se falava de sexo com filhos,
minha mãe nunca falou de menstruação. Trocaria anos de oração por um abraço ou
uma conversa quando ela descobriu. Os pais precisam fazer isso: ler os sinais,
prestar atenção nos filhos, perguntar se a criança quer contar alguma coisa,
perguntar se alguém fez um carinho esquisito. Se alguém tivesse me dito para
gritar, eu teria gritado], falou. (bahia.ba).
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