O novo comandante do Exército, general Edson Leal Pujol,
defendeu nesta sexta-feira (11) que o sistema previdenciário das Forças Armadas
não deva ser modificado na reforma da Previdência.
[Se me perguntarem, nós não devemos modificar o nosso
sistema], disse a jornalistas, após cerimônia de transmissão do cargo, no Clube
do Exército de Brasília.
A equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (PSL) está
fechando a proposta de reforma da Previdência que será submetida a ele e
posteriormente encaminhada ao Congresso.
O general argumentou que as Forças Armadas não fazem parte
do sistema de Previdência Social. Isso está na Constituição. Há uma separação],
disse.
Pujol disse ainda que, caso sejam aprovadas mudanças, os
militares irão cumpri-las. [Obedecemos às leis e à Constituição. Se houver uma
decisão do Estado brasileiro de mudanças, iremos cumprir], acrescentou.
Segundo o comandante, as Forças Armadas vão colaborar com o
esforço para equilibrar as contas públicas. ?Os militares sempre tiveram
participação no esforço da nação. Inclusive, quase 20 anos atrás, nós fomos os
únicos que nos modificamos em prol disso aí. Os outros setores da sociedade não
se modificaram. Havia uma intenção, mas fomos os únicos a nos modificarmos e
fazer o sacrifício. Estamos sempre prontos a colaborar com a sociedade?,
afirmou.
Marinha
O comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, disse na
última quarta-feira (9), depois de assumir o cargo, que a discussão sobre a
idade mínima de aposentadoria para militares precisa ser analisada com cuidado.
Para o almirante de esquadra, profissionais que atuam na defesa do país têm
exigências próprias.
Ele também afirmou que a Marinha seguirá a orientação do
ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que está tratando da situação
militar na reforma da Previdência.
Na cerimônia de transmissão de cargo do Comando da Marinha,
o ministro da Defesa ressaltou que a reforma da Previdência deve avaliar regras
diferenciadas para militares. (Com informações da Agência Brasil).
Foto: Valter Campanato