Três anos após desastre em Mariana, outra barragem da Vale se rompe em Brumadinho

Uma barragem da companhia Vale se rompeu na cidade de Brumadinho,
próxima a Belo Horizonte, no início da tarde desta sexta-feira (25). Segundo
informações preliminares, os rejeitos atingiram a área administrativa da
companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. Ainda não foram divulgados
dados sobre vítimas ou o motivo do rompimento.

O porta-voz da Presidência da República, o general Otávio Santana
do Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro pretende visitar a
região neste sábado (26). Segundo ele, Bolsonaro determinou a criação de um
gabinete de crise para acompanhar os desdobramentos do caso, com a participação
dos ministérios do Meio Ambiente, da Defesa, de Minas e Energia e
Desenvolvimento Regional.

Os ministros
Ricardo Salles (Meio Ambiente), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Gustavo
Canuto (Desenvolvimento Regional) devem chegar ainda hoje à cidade, que faz
parte da região metropolitana de Belo Horizonte. Bolsonaro também se manifestou
sobre o assunto pelo Twitter: [Nossa maior preocupação neste momento é atender
eventuais vítimas desta grave tragédia].

Uma força-tarefa montada pelo governo de Minas Gerais está no
local do rompimento da barragem para acompanhar e tomar as primeiras medidas. [O
Corpo de Bombeiros, por meio do Batalhão de Emergências Ambientais, e a Defesa
Civil também já estão no local da ocorrência trabalhando e há dois helicópteros
sobrevoando a região], diz comunicado do governo estadual.

A Vale informou que, logo após acionar o Corpo de Bombeiros,
ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens e que sua
prioridade, agora, é [preservar e proteger a vida de empregados e de
integrantes da comunidade]. A Defesa Civil instruiu os moradores da região a manterem
distância do leito do Rio Paraopeba. Por precaução, o Instituto Inhotim retirou
funcionários e visitantes do local.

Em 2015 a Vale protagonizou o pior acidente da história da
mineração brasileira com o rompimento da barragem do Fundão, controlada pela
companhia brasileira e pela anglo-australiana BHP Billiton. O acidente despejou
34 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, atingiu 38
municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, transformou em lama as águas do
Rio Doce, produziu 14 toneladas de peixes mortos e ceifou a vida de 19
brasileiros.  (Congresso em Foco)

Foto: Corpo de Bombeiros

  

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