Cirurgia de Bolsonaro para retirada de bolsa de colostomia termina [sem intercorrências], diz boletim médico

cirurgia a
que o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
foi submetido nesta segunda-feira (28) terminou nesta tarde. Em nota enviada
nove horas pelo Palácio do Planalto após o início da operação, a cirurgia foi
realizada [com êxito]. O boletim médico do Hospital Albert Einstein afirmou que
a cirurgia teve uma duração total de 7 horas, “sem intercorrências e sem
necessidade de transfusão de sangue”.

Ainda segundo o boletim, foi realizada uma [anastomose do
íleo com o cólon transverso], que é a união
do intestino delgado com uma parte do intestino grosso
.

Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso
de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.

[No momento, o paciente encontra-se, na Unidade de Terapia Intensiva,
clinicamente estável, consciente, sem dor, recebendo medidas de suporte
clínico, prevenção de infecção e de trombose venosa profunda], diz o boletim
médico.

Bolsonaro começou
a ser submetido ao procedimento médico
 às 8h30 desta
segunda-feira, segundo afirmou o porta-voz da Presidência, Coronel Rêgo Barros,
e durou até as 15h30. A cirurgia era necessária para retirar a bolsa de
colostomia e religar o trânsito intestinal.

Segundo o porta-voz da Presidência, [o presidente possuía em
razão das outras duas cirurgias uma quantidade muito grande de aderências. E
essas aderências exigiram do corpo médico uma verdadeira obra de arte em
relação à cirurgia].

O porta-voz explicou que após a cirurgia Bolsonaro segue em
jejum, com administração de soro pela veia. A avaliação médica será feita
diariamente, sempre pela manhã, para a reintrodução alimentar da forma mais
adequada. Nesta terça-feira, o presidente começa o tratamento de fisioterapia
com foco respiratório e motor. Vai caminhar dentro do quarto. Diariamente, o cenário
será também avaliado para novas definições.

A recuperação deve demorar dez dias e Bolsonaro deve ficar
48 horas em repouso absoluto a contar do início da cirurgia e a partir da 9h da
manhã desta quarta-feira (30) retoma suas atividades despachando de dentro do
hospital, segundo Rêgo Barros.

Acompanharam três filhos de Bolsonaro, Carlos, Eduardo e
Renan, e a primeira-dama Michelle.

Nos últimos meses, desde que foi
atingido por uma facada durante ato de campanha
 em setembro do ano
passado, Bolsonaro ficou com uma bolsa de colostomia junto ao corpo. Este é um
procedimento que encaminha as fezes e os gases do intestino grosso para uma
bolsa fora do corpo, na região abdominal.

A cirurgia foi comandada pelo gastroenterologista Antonio
Luiz Macedo. Segundo apurou o Fantástico, dois tipos de procedimentos poderiam
ser adotados pelos médicos.

A primeira possibilidade era unir as duas pontas do
intestino grosso que foram separadas para a colocação da bolsa – a fixação pode
ser feita com sutura – agulha e linha cirúrgicas – ou com um grampeador
cirúrgico.

A segunda possibilidade, que foi a realizada pelos médicos,
era a de cortar uma parte de 20 centímetros do intestino grosso e ligar a outra
ponta diretamente ao intestino delgado, que tem mais irrigação sanguínea do que
o intestino grosso. Quanto mais sangue circulando, mais fácil e rápida é a
cicatrização. Esse segundo procedimento era o mais provável, porque ajuda a
prevenir complicações futuras.

Gabinete no hospital

De acordo com o Palácio do Planalto, o vice-presidente
Hamilton Mourão assumiu a Presidência desde o início da cirurgia e deverá
permanecer no cargo por 48 horas. Depois desses primeiros dois dias, Bolsonaro
deverá reassumir o cargo e despachar de dentro do hospital.

Foi montado um escritório no mesmo andar onde Bolsonaro está
internado para que ele possa receber ministros. (Glauco Araújo, César
Menezes e Rosana Cerqueira, G1 SP, TV Globo e GloboNews ? G.1 ?SP)

Foto: G.1-SP