Maia quer aprovar reforma da Previdência na Câmara em dois meses

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
reafirmou nesta segunda-feira (29) que trabalha para aprovar a reforma da
Previdência na Casa até o fim do semestre.

Acompanhado do presidente da comissão especial, deputado
Marcelo Ramos (PR-AM), e do relator da proposta, deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP), ele reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no início da
noite.

Maia disse, no entanto, que não dependerá apenas dele
encaminhar a reforma ao Senado no segundo semestre. Ele acrescentou que a
comissão especial definirá um cronograma de trabalho nos próximos dias e cobrou
empenho da base aliada para acelerar a tramitação do texto.

“Na Câmara, o meu trabalho é que a gente consiga terminar
essa matéria no primeiro semestre. Se a gente vai conseguir ou não, não depende
da nossa vontade. Se o governo colocar quórum toda segunda e sexta, você, em
duas semanas e um dia, tem 11 sessões. Não vai ser em 11 sessões que [o texto]
vai ser votado. [A gente] precisa dos meses de maio e de junho. Na minha
vontade, no máximo em dois meses, a gente encaminha a proposta ao Senado para
votar no segundo semestre”, declarou.

Namoro ? Segundo a Agência Brasil, Rodrigo Maia
disse ainda que constrói gradualmente pontes com o presidente Jair
Bolsonaro para ajudar na articulação da reforma que, segundo ele, é essencial
para resolver o desequilíbrio nas contas públicas. Ele comparou a relação com o
presidente com um namoro ainda no começo. “Um namoro muito rápido nunca termina
bem. Um namoro que leva mais tempo acaba terminando num casamento sólido”.

Maia, Guedes e o presidente e o relator da comissão especial
saíram do Ministério da Economia para se encontrarem com Bolsonaro no Palácio
do Planalto. O presidente da Câmara ressaltou que o Executivo e o Legislativo
estão trabalhando juntos, mas respeitando a independência entre os Poderes.

“Combinei agora de irmos todos ao presidente [Bolsonaro]
para que a gente possa fazer o debate junto com ele para mostrar que a Câmara e
o governo trabalharão de forma conjunta, harmônica. Respeitando a independência
entre os poderes, mas de forma majoritária, a Câmara entende que essa matéria é
fundamental, que ela tem um bom debate, um bom relatório. Depois, que ela vai a
voto porque trava hoje o crescimento do Brasil. A Previdência trava hoje a
redução da pobreza do nosso país”, disse. (bahia.ba).

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil