A greve dos professores das Universidades Estaduais está em ponto de
impasse: o governo do Estado não negocia e nem dá sinais nessa direção. A greve
segue desde o dia 9 de abril, com o semestre sendo ameaçado de perda.
Segundo o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) o líder do governo na
Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), fala uma coisa e se apresenta com uma
proposta de diálogo na Comissão de Educação da Casa Legislativa e o governador
do Estado, Rui Costa (PT) fala outra, “admitindo até a possibilidade de
cobrar uma mensalidade dos alunos”.
Ainda de acordo com o deputado, o governo do Estado, através da SEC, “não próprôs nada de concreto e os professores estão indiganados, daí que
a greve segue”.
Já o lider do governo, Rosemberg Pinto, usando o tempo do grande
expediente na Casa Legislativa disse que as universidades são importantes para
o desenvolvimento da Bahia, que o governo Rui é o que mais investe nas
universidades entre os estados do Nordeste, e que o momento, “não é de
jogar gasolina no movimento e sim de água fria, criar uma mesa de negociações
permanente e zerar está questão”.
Sobre a entrevista do governador numa rádio disse que conhece Rui há 40
anos, sua idole, e que este não é de prejudicar ninguém.
O deputado Hilton Coelho diz que o governador ao invés de dialogar, como
seria de se esperar, “está provocando o movimento e essa idéia de cobrar
mensalidades dos alunos numa universidade pública não tem sentido e sepulta o
discurso que o PT prega há anos”.
Destacou ainda que pode até haver boa vontade do lider do governo,
Rosemberg Pinto, de discutir a matéria na Comissão de Educação, mas, esta não é
um órgão governamental e se do debate na ALBA. (Bjá).
Foto: Bjá