Nelson Leal exalta o valor das ciências humanas para a educação no Brasil

Considerado desprezível pelo Ministério da Educação (MEC)
para a formação educacional do brasileiro, o ensino das ciências humanas nos
cursos Médio e Superior no país foi exaltado pelo presidente da Assembleia
Legislativa da Bahia (Alba), deputado Nelson Leal (PP), em moção de louvor
apresentada à Secretaria Geral da Mesa (SGM) da Casa, na manhã desta
quarta-feira 22.

“É voz corrente entre educadores nacionais e internacionais,
que o ensino das Ciências Humanas liberta, abre horizontes, arranca as amarras
do pensamento único. Talvez por isso, incomode tanto aos regimes autoritários
que têm assento na saga das civilizações, como registram os livros de
história”, ressaltou, Leal, na peça legislativa.

Para o chefe da Alba, os ensinos da filosofia, antropologia,
sociologia e da história se configuram no alicerce básico de uma sociedade, em
sua tarefa essencial de promover a reflexão crítica, a educação política e o
pensamento independente para a formação educacional do cidadão de qualquer país
do mundo.

O deputado pepista observa que a historiografia mostra que
os regimes autoritários sempre escolheram as Ciências Humanas como escopo de
seus ataques, mascarados de reforma do ensino, com vista à implantação de
dogmas e doutrinas ideológicos. “Criminalizar as Ciências Humanas é uma maneira
de imbecilizar uma sociedade, turvar o livre exercício do pensar e deixar como
legado saberes mediocrizados”, afirma, Nelson Leal.

Formado em Engenharia Civil, o chefe do Legislativo estadual
destaca que as Ciências Humanas são fundamentais também para a construção do
saber lógico dos alunos das áreas das ciências técnicas.

“Posso afirmar que as Ciências Humanas tiveram grande
importância para a minha formação como engenheiro civil e como político. Sem
elas o indivíduo mergulha num processo de apequenamento do intelecto”,
declarou.

Nelson Leal – que já havia apresentado na Casa uma Moção de
Repúdio aos cortes de verbas das Universidades federais -, lembra que
restringir as Ciências Humanas contraria a própria Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira, a LDB, que preconiza a pluralidade do ensino.

Presidente da Assembleia Legislativa baiana também critica
duramente a tentativa de negar a notoriedade internacional de ícones da
educação brasileira e mundial, como forma de demonizar o conhecimento e o saber
histórico.

“Tentar negar o iluminismo de educadores do naipe de Paulo
Freire, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e outros, ainda que seja uma iniciativa
vã ante o mundo, é antes de mais nada um crime contra a educação e a história
brasileiras”, defende, Nelson Leal. (Ascom).

Foto: Divulgação/Ascom