Ao expor tabela com valores praticados desde 1992, Alan Sanches conclama por força-tarefa para salvar Planserv

Uma defasagem fora até mesmo da
realidade do sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, o deputado estadual
Alan Sanches (DEM), médico por formação e vice-presidente da Comissão de Saúde
e Saneamento Básico da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), classificou a
tabela praticada pelo Planserv com valores de alguns procedimentos sem
reajustes desde 1992.

“Diante desse cenário que não
prejudica apenas a classe médica, mas especialmente aos mais de 500 mil
servidores que dependem  do plano e não estão tendo acesso sequer a
uma consulta médica com facilidade, conclamo aos órgãos fiscalizadores, aos
deputados baianos, aos médicos credenciados, ao Sindicato dos Médicos do Estado
da Bahia (Sindimed),  ao Conselho Regional de Medicina do Estado da
Bahia (Cremeb),  a Qualirede [empresa contratada para comandar
processo de modernização e fortalecimento], a Secretaria Estadual de
Administração (Saeb), enfim a todos os envolvidos no processo,  de
forma que se possa realizar uma verdadeira força-tarefa e salvar o Planserv “,
apelou deputado.

Segundo Alan Sanches, o
profissional  ao realizar uma reconstituição de esfincter por
plástica muscular recebe R$ 195,00, enquanto para a herniorrafia inciosional
[cirurgia de hérnia abdominal] R$ 91,00. “Já para drenar  um abcesso
retal o valor é muito mais aquém: apenas 65,00. Ou seja, valores praticadas sem
reajustes desde 2003 e alguns ainda de 1992, o que tem gerado toda essa
insatisfação da categoria e, consequentemente, a má qualidade de um serviço que
era referência em todo estado, frisou.

“É necessário ainda, conforme
reivindica a categoria,  abrir um canal de negociação para debater
não apenas a atualização das tabelas de procedimentos, mas também as cotas, de
forma que sempre que os procedimentos forem autorizados o Planserv pague, bem
como adote o critério da transparência dos valores repassados aos hospitais, às
clínicas credenciadas”, enfatizou.

Por fim, o vice-presidente do
colegiado elencou ainda que é preciso dar aos médicos o mesmo tratamento que
foi dado à Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia (Coopanest-BA),que
também sofria dos mesmos problemas. (Fernanda Chagas – Ascom).

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