Em debate na ALBA, Nelson Leal diz que preços das passagens aéreas chegaram a subir a mais de 140%

O presidente da Assembleia
Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Nelson Leal, presidiu, hoje (27), sessão
especial na ALBA, convocada por ele, para debater os preços abusivos das
passagens aéreas. “A situação é absurda. Ouvimos o relato da deputada Olívia
Santana de que o prefeito de Juazeiro teve que pagar mais de R$ 4 mil para se
deslocar até Salvador. Em um ano, algumas tarifas subiram mais de 140%. A
quebra da Avianca Brasil aumentou a concentração em um setor já marcado por
poucas opções para os consumidores. E as três companhias aéreas existentes
abusam dos preços, fazem o que querem. Em um país com dimensões continentais
como o Brasil – sem falar no tamanho do território baiano – isso é absurdo”, criticou
o presidente da ALBA.

Nelson Leal apontou o dados do
IBGE que mostram que as passagens não param de subir. “Entre março e abril, na
prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), os bilhetes tiveram
alta média de 5,54%. Em fevereiro, de 7,54%, mas, no dia a dia de quem viaja, o
impacto é muito maior. O preço médio de alguns trechos, que era de R$ 600, hoje
é de R$ 1.400. Para o Rio, saindo de Salvador, com a quebra da Avianca, só quem
opera voos diretos agora é a Gol. Em outras companhias, para se chegar à
capital carioca pode se ter que fazer três escalas”, relata o chefe do
Legislativo estadual.

“Os preços cobrados para o
transporte aéreo no Brasil, principalmente para quem mora nas regiões Norte e
Nordeste, são abusivos. O mercado é livre, mas a ANAC tem a obrigação de
regular e combater os preços extorsivos. O Brasil está na 48º posição do
ranking dos preços das passagens aéreas, enquanto Malásia, Bulgária, Índia,
Turquia, Romênia, Indonésia e Tailândia estão entre os países mais baratos.
Portanto, dá pra perceber que não é uma questão de primeiro ou terceiro mundo.
As aéreas prometeram reduzir os preços das tarifas com a cobrança da bagagem.
Os preços não abaixaram, como, ao contrário, subiram”, argumenta Leal. 

O debate na ALBA contou com as
presenças do senador Jaques Wagner, do deputado federal João Carlos Bacelar – que reuniu assinaturas para a apresentação de uma CPI das Passagens Aéreas no
Congresso Nacional – de diversos deputados estaduais e de representantes da
Azul Linhas Aéreas, da ABAV, da Vinci Airports que gerencia o Aeroporto de
Salvador, da OAB, do PROCON, do Ministério Público, do Sindicombustíveis-Bahia.
Embora convidados, não compareceram o secretário de Turismo da Bahia, Fausto
Franco, e o diretor-presidente da ANAC, José Ricardo Queiroz. (Ascom).

Foto: Divulgação/Ascom