As conversas e especulações em
torno de uma possível candidatura de Guilherme Bellintani a prefeito de
Salvador, nas eleições de 2020, acontecem em ritmo muito mais avançado do que
as tratativas reais sobre o assunto.
Apesar de ainda não haver nada
concreto, já há quem trace e planeje diferentes cenários. Um deles é bem visto
por agentes do PSB baiano, partido que atualmente é o mais próximo do
presidente do Bahia.
O primeiro a convidá-lo a se
filiar foi Rodrigo Hita, um dos dirigentes estaduais, segundo apurou o bahia.ba.
Lançando-se pela legenda
comandada por Lídice da Mata, Bellintani acredita que sua candidatura teria
possibilidade real de vitória se unisse os principais partidos da base de Rui
Costa, incluindo o PT, que indicaria o vice na chapa, e o PSD.
Algo semelhante ao que aconteceu
em 2016, quando Alice contou com as duas legendas em sua
coligação, mas foi abandonada pelos seus principais caciques, que não
queriam associação com a derrota contra ACM Neto
A avaliação dentro do PSB é que
Bellintani, diferente da comunista, teria o apoio absoluto de Rui e Jaques
Wagner no pleito, e consequentemente das bases do PT. Já o PSD, de Otto, teria
a preferência na eleição de presidente da Câmara Municipal, com Geraldo Jr.,
amigo pessoal de Guilherme.
A expectativa em relação ao
confronto com ACM Neto é que o prefeito da capital baiana não poderá atacar
frontalmente seu ex-secretário. Contra Bruno Reis, provável candidato de Neto,
Bellintani levaria imensa vantagem em debates, como avaliam integrantes do
partido.
Apesar de ainda serem ideias em
fases iniciais, no segundo semestre deste ano as conversas passam a se
intensificar. No início da semana, Neto sinalizou que até
o final do ano seu candidato será conhecido pelo público.
Em contato com o bahia.ba,
Guilherme Bellintani falou que “não está tratando do tema político” por
enquanto. “Não está na minha pauta nesse momento”, acrescentou. Breno Cunha
Foto: Alessandra Lori/ SECOPA