O senador Jaques Wagner (PT) esteve presente ontem (19) na Fundação
Doutor Jesus, a convite de seu diretor e deputado federal Pastor Sargento Isidório
(Avante), acompanhou a visita do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo
Maia (DEM), parlamentares, lideranças políticas, eclesiásticas e a comunidade.
Na oportunidade falou com a imprensa presente, sobre a reforma da Previdência Social,
decisão do presidente do STF sobre o COAF e o Aeroporto de Vitória da
Conquista.
Com referência a tomada de decisão do ministro Dias Tófoli presidente do
STF, sobre o COAF – Controle de Atividades Financeiras, foi uma decisão diferente
de outros ministros, vamos aguardar a deliberação do pleno. O judiciário está
em recesso, a matéria estava com o ministro Gilmar Mendes e no recesso, quem
responde pelo STF é o presidente, “eu prefiro não emitir opinião”.
PEC – Paralela
Com relação a [PEC paralela] da Previdência Social, para Wagner são
várias hipóteses, “o pessoal fica antecipando muita coisa, a matéria não foi
votada em segundo turno, temos que esperar, se o segundo turno vai confirmar o
texto já aprovado, muitas vezes há modificações.” No Senado tem que se montar
uma comissão especial e continuar a discussão. O importante é que quatro pontos
fundamentais, conseguimos tirar do texto original, era o ataque a aposentadoria
do trabalhador rural, a questão do Benefício da Prestação Continuada (BPC), a desconstitucionalização
e o regime de capitalização, esses eram os pontos mais violentos, contra as
pessoas mais simples que dependem da aposentadoria.
O texto que ai está, ainda é um texto muito pesado, muito violento, principalmente
contra os mais pobres e continua com a lógica de sempre, cobra muito dos mais
pobres e não cobra nada dos mais ricos, não tem contribuição sobre lucro
líquido, não tem distribuição de dividendos, e afirmou “não gosto de muita
invenção, eu prefiro que se tiver de modificar que modifique normalmente.” afirmou.
Visita
Perguntado sobre a questão, da presença de membros do PT na visita à
Fundação Doutor Jesus, – respondeu é uma obra reconhecida nos quatro cantos da
Bahia e não tem nada a ver com ideologia política. Isidório quando se filiou no
partido Avante o presidente do partido esteve aqui, juntamente com os deputados
Elmar Nascimento, Arthur Lira, Alice Portugal e todos eles, comentaram na Câmara que ficaram
impressionados. A relação do Rodrigo (Maia) não é minha, é do Elmar que é do
mesmo partido e o “pastor Isidório fez questão que eu viesse até pelo
reconhecimento, fui eu (governo) que firmei vários convênios com a Fundação
Doutor Jesus.”
Aeroporto
Sobre o Aeroporto de Vitoria da Conquista, quem é o pai da criança,
respondeu – “toda obra pública é feita com dinheiro de impostos, quem paga
imposto é o povo, o gestor é aquele que foi designado pelo povo no voto pra
fazer a gestão.” A primeira ordem de serviço do aeroporto foi dada em 2009,
quando eu estava no meu primeiro governo, e o presidente da República era o
ex-presidente Lula, no meu segundo governo, conseguimos concluir a pista, na época
era a ex-presidenta Dilma, e durante o primeiro governo de Rui houve o desembolso,
e justiça se faça foi o ex-presidente Michel Temer que fez o último desembolso.
O presidente Bolsonaro, quando chegou a presidência da República, o convênio já
estava todo executado; “eu acho que essa disputa é, de quem transforma política,
em coisa pequena, a população de Conquista sabe, que o Aeroporto não foi construído
da noite pra um dia, foi uma coisa que começou há 10 anos atrás 2009 no meu
governo. O julgamento o povo sabe fazer, concluiu”.
Sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) para
assumir a embaixada dos Estados Unidos, Wagner considera – nepotismo. (Itamar
Ribeiro).
Foto: DIvulgação/Soteropolis