Hacker afirma que deixou cópias das conversas de Moro fora do país

Walter Delgatti Neto, hacker que
confessou ter invadido celulares de centenas autoridades do País, incluindo o
presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o conjunto das mensagens extraídas nos
celulares de autoridades encontra-se guardado por terceiros no exterior. A
informação está em um documento, assinado pela defesa de Delgatti, obtido pelo
jornal O Estado de S.Paulo.
“Para todos os fins, registra, por pertinente, que o conjunto das informações
está devidamente resguardada por fiéis depositários, nacionais e
internacionais”, diz o documento entregue pelos advogados Fabrício Martins
Chaves Lucas e Gustavo Delgado Barros.

Em outro trecho da nota, Delgatti
Neto diz espantar-se com “a fragilidade do sigilo no Brasil”, sugere melhoria
nos sistemas de comunicação nacional e “convida a uma regulamentação e à
transparência quanto ao acesso e o uso de ditas redes de informação pelo poder
público, em plena defesa do melhor interesse público, respeitados os princípios
fundamentais da Constituição Federal, incluídos defesa da Cidadania, da
dignidade da pessoa humana os valores do trabalho e da livre iniciativa”.

Por meio do documento entregue
pela defesa, Delgatti Neto afirma “que falhas no aplicativo Telegram e de
outros aplicativos online, a bem de direitos individuais e do interesse
público, devem ser recorrentemente testadas pelos serviços online, pelos
agentes da fiscalização pública, bem como, por seus usuários.”

A defesa do hacker ressaltou, em
outro trecho, que seu cliente atualmente não está filiado a agremiações
político partidárias. “É desinteressado em política institucional, detém plena
consciência que o Estado Democrático de Direito é conquista irreversível da
sociedade brasileira e o devido processo legal plenamente assegurado a cada
indivíduo”.

Walter Delgatti Neto está preso
desde a semana passada. (bahia.ba).

Foto: Reprodução/Twitter