Em encontro com líderes do
Nordeste, na manhã desta segunda-feira (29), no Centro Administrativo da Bahia
(CAB), o governador do Piuaí, Wellington Dias (PT), defendeu um programa
apresentado pelo Ministério da Saúde como um possível substituto do “Mais
Médicos”.
Segundo ele, o prejuízo desde o
fim do programa que trouxe ao Brasil profissionais cubanos para atender em
regiões carentes foi “considerável”, já que deste então, a frequência dos
médicos nas cidades diminuiu e o custo ficou maior para os municípios.
Na busca por uma “alternativa” para o “Mais Médicos”, junto com os outros governadores que formam o Consórcio
do Nordeste, o petista recebeu do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, um
projeto que está preste a ser concluído, batizado agora de “Médicos do Brasil”.
Ele enalteceu a proposta do governo e elogiou a iniciativa de dividir as
remunerações, em um valor fixo e o outro variável, ligado aos resultados.
Outro ponto citado por Wellington
Dias foi a respeito dos “19 mil médicos brasileiros” que fizeram faculdade em
outros países, principalmente Argentina e Bolívia, conhecidos por curso de
menor custo. Para o governador, uma possibilidade apresentada pelo Consórcio
será a de que estes profissionais possam concluir a “grade” em universidades
públicas, para revalidar o seu diploma, e em troca seriam realocados para
trabalharem em cidades carentes do Nordeste.
“Temos 19 mil médicos brasileiros
que fizeram curso de medicina em outro país e esse curso não é reconhecido aqui
no Brasil. Estamos apresentando uma alternativa para que, nas universidades
públicas, principalmente estaduais – mas também com possibilidade para federais – termos a condição de completar a grade exigida pela legislação brasileira com
o curso de medicina, e com isso validar os diplomas desses profissionais [..] E
ter em contrapartida esses profissionais trabalhando em regiões onde a gente
precisa”, explicou Dias.
Questionado pelo bahia.ba sobre
os rumores de Flávio Dino (PCdoB) e Rui Costa (PT) como nome para as eleições
presidenciais de 2022, o governador do Piauí despistou. Para ele, se tratam de “dois líderes extraordinários”, mas diz que prefere aguardar, no mínimo, as
eleições municipais, para poder discutir o assunto. (bahia.ba).
Foto: Matheus Morais/Bahia.ba