O empresário Leonardo Meirelles, suposto laranja do doleiro
Alberto Youssef no laboratório Labogen, prestou depoimento na Justiça Federal
do Paraná nesta quarta-feira (22).
Depois de uma hora de declarações Meirelles confirmou o
envolvimento de políticos com o doleiro para a captação de recursos destinados
ao financiamento de campanhas eleitorais de 2010, |no escritório da Avenida São
Gabriel (em São Paulo), tinha um fluxo grande de políticos do partido PP|,
relatou. E afirmou que a legenda tinha |uma grande quantia em aberto com ele
como saldo de financiamento de campanha|.
Quando foi questionado pelo juiz federal Sérgio Moro se os
políticos recebiam dinheiro de Youssef, respondeu, |recursos, não sei dizer,
mas tinham contas-correntes. Que tinham negócios com o senhor Alberto era
visível e notório, eu ficava lá aguardando|, revelou.
Meirelles contou que presenciou alguns desses encontros, mas
afirma que não tem provas ?em algumas reuniões ou situações, eu saía da
sala?. Sobre o número de políticos que
participavam desses encontros ele se limitou a dizer |alguns|. Apesar dessas revelações os nomes dos
envolvidos não foram citados.
Porém já foram citados nomes de deputados do PP em outros
depoimentos de envolvidos no esquema. A revista Veja mencionou em suas
reportagens os parlamentares, João Pizzolatti (SC), Aline Corrêa (SP), Arthur
Lira (AL), Nelson Meurer (PR), Pedro Corrêa (PE) e Mário Negromonte (BA).
Entretanto todos negam ter recebido dinheiro ilícito para caixa dois de
campanha. (Diário do Poder)
(Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)