O deputado Carlos Gaban (DEM), em discurso proferido na
sessão ordinária da Assembleia Legislativa da Bahia, nesta segunda-feira (27),
analisou a eleição presidenciável deste domingo, e destacou a expressiva
votação do candidato Aécio Neves (PSDB), que teve 51 milhões de votos, o
equivalente a 48 dos votos válidos.
O líder do Democratas na Casa, afirmou que é preciso
refletir o acirramento desse pleito. |Temos que refletir sobre o resultado
dessa eleição. Aécio ganhou disparado nos países em que residem brasileiros,
ganhou disparado em São Paulo, que é a máquina que proporciona o
desenvolvimento econômico do nosso país. Temos que analisar que em Belo
Horizonte, Aécio teve 500 mil votos de frente. E quando chega no Semiárido,
acontece o que aconteceu no Norte – Nordeste. Tivemos nessa eleição uma divisão
terrível que nada contribui para a democracia e para a união de um país|,
avaliou o deputado.
O parlamentar disse ainda que a maioria da população que
elegeu Dilma Roussef (PT) teve medo de perder os benefícios sociais. ?Os
lugares onde as pessoas são mais politizadas, que têm um nível de informação
maior, desejaram a mudança e a alternância do poder, mudança que não foi
confirmada porque aqueles que moram no Norte-Nordeste e no Semiárido de Minas
Gerais tinham medo de perder as conquistas sociais. Foi o voto daqueles
amedrontados, contra aqueles que queriam mudança, onde venceu a presidente
Dilma com menos de 3 milhões de votos a mais, que não representa nada num país
como o Brasil?, disse.
Gaban, criticou o modelo de gestão do atual presidente.
?Mas será que é isso que a gente quer para o nosso país?, apenas assistências
sociais sem um treinamento adequado para dar perspectiva de um emprego, e não
só um Bolsa Família. Queremos uma fábrica de filhos para aumentar o Bolsa
Família ou dar uma perspectiva de dias melhores para a sociedade, sobretudo,
Nordestina??, indagou.
O líder do Democratas na Assembleia pontuou as
principais reformas que a presidente eleita deve fazer. ?Temos dois temas de fundamental importância.
A reforma política, pois esse modelo político já esgotou e a reforma monetária,
pois não é justo pagar tantos impostos como pagamos. Temos também que ter
combate efetivo da corrupção do país?, ressaltou. Para finalizar, Gaban disse
que o momento é de reestabelecer a paz no país, que foi instalada no período
eleitoral. ?A presidenta tem que ter uma habilidade política, muito jogo de
cintura, para que o país tenha a paz necessária e essa guerra que foi instalada
nessa eleição, sobretudo no 2º turno, se acalme, e que o Brasil volte a crescer
com todo mundo ajudando nas reformas que devem ser feitas?, afirmou. (Ascom)