Criação de nova CPMF deve enfrentar resistência no meio político

A intenção do governo de incluir no projeto de reforma
tributária uma
nova taxa nos moldes da extinta CPMF
 deve enfrentar resistência no
meio político. Congresso, prefeitos e governadores, de acordo com a coluna
Painel, da Folha de S.Paulo, teceram críticas à proposta da equipe
econômica do governo Bolsonaro nesta semana.

Para líderes do Centrão, não há clima para o imposto ser
implementado, uma vez que o próprio presidente Jair Bolsonaro já criticou
publicamente a nova taxa. Ibaneis Rocha (MDB), governador do DF e coordenador
do fórum de governadores, também se posicionou contra a proposta, assim como a
Frente Nacional dos Prefeitos, que afirma que uma nova CPMF prejudicaria os
mais pobres.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), que preside a
FNP, ainda de acordo com a Folha, afirma que, ao recriar o tributo, o governo
deixaria de promover a simplificação tributária ? ele também questiona se os
recursos arrecadados serão divididos com estados e municípios.

De acordo com o projeto, saques e depósitos em dinheiro
seriam taxados com uma alíquota inicial de 0,4%. Já para pagamentos no débito e
no crédito, a alíquota inicial estudada é de 0,2% (para cada lado da operação,
pagador e recebedor).

As taxas tenderiam a crescer após serem criadas, visto que
intenção do governo é usar o novo imposto para substituir gradualmente a
tributação sobre os salários, considerada pela equipe econômica como ruim para
a geração de empregos. (bahia.ba).

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil