O governo federal está planejando incluir em sua proposta de
reforma tributária a taxação de saques e depósitos em dinheiro com uma alíquota
inicial de 0,4%.
A cobrança integra a ideia do imposto sobre pagamentos,
segundo a Folha de S. Paulo, que vem sendo comparado à antiga CPMF. Já para
pagamentos no débito e no crédito, a alíquota inicial estudada é de 0,2% (para
cada lado da operação, pagador e recebedor).
Ambas as taxas tendem a crescer após serem criadas, já que
ideia do governo é usar o novo imposto para substituir gradualmente a
tributação sobre os salários, considerada pela equipe econômica como nociva
para a geração de empregos no país.
Marcelo de Sousa Silva, secretário especial adjunto da
Receita Federal, defendeu a contribuição nesta terça-feira (10) no Fórum
Nacional Tributário (promovido pelo sindicato dos auditores fiscais, em
Brasília), ao ressaltar que o instrumento substituiria tanto a tributação sobre
a folha como o IOF.
?Estamos ano a ano com uma regressão percentual de pessoas
empregadas formalmente. E isso não pode ficar de fora da reforma tributária,
porque o impacto mais significativo [para o emprego] talvez seja a desoneração
sobre folha. Dentre todos os tributos no nosso ordenamento jurídico a
tributação sobre folha é o mais perverso para a geração de empregos?, afirmou.
(bahia.ba).
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil