O presidente Jair Bolsonaro
afirmou neste sábado (2) que pegou as gravações da portaria do condomínio
Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, por causa de um suposto risco de
adulteração do material. Uma reportagem do Jornal Nacional, exibida na última
terça-feira (29), mostrou o depoimento do porteiro vinculando o presidente às
investigações sobre o assassinato de Marielle Franco (PSOL).
O chefe do Executivo brasileiro
reafirmou sua presença em Brasília no dia do assassinato da veradora do PSOL
(“Eu estava em Brasília, está comprovado”), e declarou ter pegado as gravações
do condomínio onde tem casa.
“Nós pegamos [as gravações],
antes que fosse adulterado, que tentassem adulterar. Pegamos lá toda a memória
da secretária eletrônica que é guardada há mais de anos. A voz não é a minha,
não é do ‘seo Jair’. Agora, o que que eu desconfio? Que o porteiro leu sem
assinar ou induziram ele a assinar aquilo”, disse.
Em seguida, Bolsonaro voltou
a acusar o governador do Rio de Janeiro em envolvimento com o vazamento do
depoimento do porteiro do condomínio. ?Agora, quem está por trás disso?
Governador, Wilson Witzel?, declarou.
As declarações foram feitas
durante entrevista a jornalistas, quando foi retirar uma motocicleta que
comprou, em Brasília – ele não deixou claro por quem ou por qual motivo o
conteúdo seria adulterado e também não esclareceu quando pegou as gravações do
condomínio.
Na quarta-feira (30), o filho de
Bolsonaro, vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), mostrou gravações da portaria do
condomínio, apontado a inexistência de registros de ligações do porteiro para
seu pai.
A reportagem do telejornal da
Rede Globo apontou que o porteiro do condomínio de Bolsonaro, em depoimento,
disse que um dos suspeitos de assassinar Marielle, Élcio Queiroz, pediu
autorização na casa de Jair Bolsonaro para entrar. Após a ligação, ele seguiu
para casa do comparsa Ronnie Lessa. O Ministério Público desmentiu o depoimento
do porteiro. (bahia.ba).
Foto: Agencia Brasil