Na Bahia, 6.960 pessoas foram
diagnosticadas com câncer de pele, no ano passado. Os dados são do Instituto
Nacional do Câncer (INCA). Infelizmente, o número de novos casos pode ser ainda
maior em 2019, já que nem todos são notificados. É por conta deste elevado
índice que o deputado estadual Pedro Tavares (DEM) propõe a Semana Estadual de
Conscientização sobre o Câncer de Pele, através de Projeto de Lei, apresentado
na Assembleia Legislativa da Bahia.
O objetivo é que todos estejam
atentos ao surgimento de novos sinais, manchas e modificações que possam
ocorrer na pele para tratarem precocemente. “Dermatologistas alertam que
os de baixa letalidade podem mutilar ou desfigurar áreas expostas do corpo.
Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer de pele
não-melanoma. Mas para isso é preciso agir rápido. Por isso, considero a Semana
de Conscientização sobre o Câncer de Pele, imprescindível. É preciso levar
informação para que a sociedade esteja atenta as modificações na pele, e com o
diagnóstico precoce tratar e impedir que a doença avance”, disse Tavares.
Caso o projeto de lei seja
aprovado, a ideia é que a Semana de Conscientização ocorra sempre na primeira
semana de dezembro. “Sabemos que muitas pessoas não tem o hábito de usar
protetor solar e que em muitos municípios baianos o que predominam são as
temperaturas mais quentes. Infelizmente, muitos negligenciam a ação do sol,
quando na verdade deveriam usar protetor solar, boné, sombreiro, roupa contra
radiação UV. Com a Semana de Conscientização sobre o Câncer de Pele, ações
educativas, palestras, feiras de saúde, as pessoas serão informadas,
conscientizadas sobre os riscos”, declarou o parlamentar.
A doença é provocada pelo
crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas
células se dispõem formando camadas e a depender de como tenha sido afetadas é
que são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os
carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os
carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
Os grupos de maior risco são os
do fototipo I e II, ou seja: pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros
ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares
com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se
bronzear e muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados. (Lilian Machado-Ascom).
Foto: Divulgação/Ascom