O Exército brasileiro tem
demonstrado preocupação com o risco de radicalização entre apoiadores de Jair
Bolsonaro (PSL) e do ex-presidente Lula (PT), solto na sexta-feira (8) após 580
dias preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
O assunto foi tratado em um
churrasco de comemoração do aniversário do ex-comandante do Exército Eduardo
Villas Bôas, no sábado. Na avaliação do Exército, até o momento, tanto o
presidente quanto o ex-presidente foram razoavelmente contidos em suas
manifestações iniciais após a soltura de Lula.
Segundo a Folha de S.Paulo, o
churrasco reuniu principalmente oficiais-generais da reserva. Também estavam
presentes Bolsonaro e o comandante do Exército, Edson Pujol.
Foi Pujol, que vem mantendo uma
linha de distanciamento de um governo fortemente integrado por oficiais da
reserva, que manifestou preocupação com possível radicalização entre os lados.
O temor já havia sido manifestado
mais cedo, em reunião no Palácio do Planalto com Bolsonaro, os ministros
militares Fernando Azevedo (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança
Institucional), além dos comandantes da Marinha e da Aeronáutica.
Os militares têm recomendado
moderação a Bolsonaro, argumentando que ele tem a cadeira como principal instrumento
para alegar superioridade em um debate com Lula. (bahia.ba).
Foto: Valter Campanato/Agência
Brasil