Após oito meses de debates, o Congresso Nacional promulgou
nesta terça-feira (12) a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da
Previdência. Na cerimônia, parlamentares elogiaram o texto aprovado e defenderam
a continuidade da agenda de reformas econômicas.
“O Brasil não pode continuar sendo a construção dos
interesses particulares que não somam o interesse coletivo do Brasil. É por
isso, presidente Davi, que essa reforma – a primeira delas, e tenho certeza que
todos nós, em conjunto, faremos as outras – todos nós precisamos entender que a
reforma da Previdência é a primeira nesse objetivo”, disse o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em sua fala, Maia falou sobre as próximas reformas previstas
no Congresso, entre elas a tributária. “Nós concentramos os impostos do
Brasil em bem e serviços, tributamos menos a renda, significa que o nosso
sistema tributário também é concentrador de renda, significa que os ricos pagam
menos impostos que os pobres neste país. É por isso que nós não podemos
deixar a reforma tributária para o futuro”, disse
Além da reforma tributária, Maia defendeu também uma
abertura comercial do Brasil. “O brasileiro não pode pagar mais caro, com
produtos de pior qualidade, para proteger as indústrias brasileiras”,
afirmou.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
classificou a reforma como “uma das mais importantes alterações”
feitas em 31 anos de Constituição. “Estamos mudando o destino desse país
de forma substantivo. Deixaremos a rota do desastre iminente e adotaremos o
curso em direção a dias melhores”, falou.
Ele também citou a reforma tributária como um próximo passo
a ser dado pelo Congresso, além da reforma administrativa. “Faremos essas
reformas com a mesma determinação que tivemos na reforma da Previdência. É
preciso coragem para reerguer esta nação”, disse.
“Estou certo que a reforma da Previdência, por si só,
não será suficiente para atender aos reclames de todos os brasileiros, mas é um
passo necessário, que certamente vai abrir agora a oportunidade para o debate
de uma agenda de reformas muito mais amplas”, disse.
Durante a sessão solene, os relatores do texto na Câmara,
Samuel Moreira (PSDB-SP), e do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), também se
pronunciaram, elogiando a proposta e defendendo que a mudança corrige
injustiças.
“Nós buscamos, e chegamos de fato, a um texto com
responsabilidade fiscal, contribuindo e construindo um alicerce para que o
governo federal possa tomar as medidas e realizar seus compromissos de
campanha”, disse Moreira.
“Nós conseguimos fazer aqui, neste Congresso, uma das
mais difíceis e importantes mudanças constitucional. Acredito que é um passo
fundamental para que o nosso país possa deslanchar e retomar o seu caminho e
seu destino de crescimento” falou Tasso. (Congresso em Foco).
Foto: Reprodução/TV Senado