A fim de tentar prevenir a gravidez na adolescência, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos estuda criar programa que estimule jovens a não fazer sexo ou a adiar o início da vida sexual.
A estratégia da pasta de Damares Alves foi divulgada pela secretária nacional de família, Angela Gandra Martins, em entrevista à Folha de S.Paulo. Ela disse que o ministério avalia atualmente modelos de políticas “de escolhi esperar, de retardar a relação sexual”.
A ideia, segundo Martins, é criar um programa para conscientizar jovens sobre o que é uma relação sexual e sobre suas consequências. Questionada se a proposta também deve estimular a oferta e uso de preservativos, ela afirma que a pasta estuda uma “nova visão” e “outro caminho” para o combate à gravidez na adolescência.
Em nota, o ministério afirma que a política do uso de contraceptivos está a cargo do Ministério da Saúde e que o modelo será complementar. Diz ainda que “os contraceptivos não apresentam 100% de eficácia” – a maioria dos métodos mais conhecidos de prevenção, porém, têm eficácia que chega a 99%, se seguidas as recomendações de uso.
A proposta é semelhante à defendida por movimentos como o Eu Escolhi Esperar, que defende que jovens cristãos esperem o casamento para terem relações sexuais. (bahia.ba).
Foto: José Cruz/Agência Brasil