O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a 14 anos e 7
meses de prisão por corrupção passiva em ação que envolve recebimento de
propinas em contratos da área da saúde estadual. A sentença foi proferida pelo
juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.
Com a nova sentença, Cabral – que está preso desde 2016 – soma 280 anos de penas impostas.
O emedebista foi condenado com outros réus em processo que
envolve R$ 16 milhões em propinas em compras superfaturadas e licitações
direcionadas de produtos hospitalares.
“Principal idealizador dos esquemas ilícitos perscrutados
nestes autos, o condenado Sérgio Cabral foi o grande fiador das práticas
corruptas imputadas. Em razão da autoridade conquistada pelo apoio de vários
milhões de votos que lhe foram confiados, ofereceu vantagens em troca de
dinheiro. Vendeu a empresários a confiança que lhe foi depositada pelos
cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua culpabilidade,
maior do que a de um corrupto qualquer, é extrema”, escreveu o juiz na
sentença.
Além de Cabral, também foram condenados o ex-secretário de
Saúde Sérgio Côrtes (15 anos de reclusão), o ex-subsecretário de Saúde Cesar
Romero, (18 anos de prisão), os empresários Miguel Iskin, (22 anos e 9 meses),
Gustavo Estellita (19 anos e 6 meses) e Luiz Carlos Bezerra, assessor de
Cabral, a 4 anos e 1 mês. (Rafa Santos ? Conjur).
Foto: Alex Fero/Rio 2016