Durante a cerimônia na rampa de acesso à Assembleia
Legislativa da Bahia, na tarde da segunda-feira (3), o governador Rui Costa
concedeu uma rápida entrevista, quando revelou seus anseios para esta segunda
sessão legislativa da 19ª Legislatura. O chefe do Executivo falou sobre a
importância do funcionamento pleno das comissões, do Poder Legislativo e da
necessidade dos governantes se aproximarem ainda mais da sociedade.
Aproveitou e bateu duro nos agentes públicos que tentaram
impedir, à força, a votação da sua reforma da previdência, ao tempo em que se
solidarizou com o presidente da Casa, deputado Nelson Leal e dos demais
integrantes da ALBA. O chefe do Executivo criticou a ação de grupo de manifestantes
que invadiu o plenário, na última sexta-feira (31), durante a votação da PEC
157-2020. Na ocasião, além de ovos atirados nos deputados, uma porta blindex
foi estilhaçada e foi identificada a presença de militantes armados. “O que
aconteceu na sexta-feira foi um ato de vandalismo, bandidagem, de crime”,
disse.
O governador reiterou a necessidade da democracia e do
Parlamento. “Em qualquer Parlamento do mundo, haverá deputados de direita, de
esquerda e de centro, essa é a expressão da democracia. É inadmissível que
alguém entre armado para ameaçar que deputado vote assim ou assado. Os
parlamentares são livres para votarem da forma que a consciência de cada um
desejar”.
“Quanto mais debates tivermos nos colegiados da ALBA, mais
teremos políticas públicas eficientes para a população. Com as comissões, o
povo contribui com as ideias e os parlamentares também”, disse. “Com isso, eu
espero mais sintonia e proximidade com a população. Este é o exercício permanente
de quem faz política: estar perto dos cidadãos”, sinalizou ele.
O governador Rui Costa confirmou a presença de agentes
públicos na ação na Assembleia Legislativa. Com isso, determinou abertura de
processo criminal, que já está em andamento na Secretaria de Segurança Pública,
e também processo administrativo. E afirmou que a punição para o caso deve ser
rigorosa, com possibilidade de demissão, cumprindo o que está previsto no
Estatuto do Servidor. ?As tensões são próprias da democracia. O que não é próprio
da democracia é a violência, ilegalidade e crime. O que ocorreu aqui não foi
manifestação mesmo que indignada das pessoas, o que ocorreu sexta aqui foi
crime e como crime será apurado?, finalizou.(Agencia Alba).
Foto: Paulo Mocofaya/Divulgação – Alba