O laudo necropsial do corpo do miliciano Adriano Magalhães
Nóbrega – morto no domingo (9), no município Esplanada -, aponta que o foragido
da Justiça foi atingido por dois disparos. De acordo com o Departamento de
Polícia Técnica (DPT), ele foi baleado na região do tórax e entre o pescoço e
clavícula.
Adriano da Nóbrega é apontado como chefe do Escritório do
Crime, grupo de milicianos que controla a comunidade de Rio das Pedras, no Rio
de Janeiro. Ele também era suspeito de envolvimento com a morte da vereadora
Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Ele foi morto
durante uma operação conjunta entre as polícias baiana e fluminense e, desde
então, as circunstâncias da morte são refutadas junto à SSP-BA.
“Os resultados dos outros laudos, assim que finalizados,
serão entregues ao Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado
(Draco), que apura o caso”, completou o diretor da pasta, Élson Jeffesson.
O perito criminal acrescentou ainda que o DPT analisa um
escudo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) que acabou
danificado durante a ação. Em depoimento, militares afirmaram que Adriano
disparou duas vezes com uma pistola austríaca calibre 9mm, mas que o
equipamento de proteção preservou a guarnição.
A perícia da Coordenação de Engenharia Legal vai atestar,
segundo Jeffesson, qual material causou os danos no escudo.
“Olhando preliminarmente enxergamos duas marcas provenientes
de impactos relevantes. As equipes agora analisarão se existem fragmentos de
chumbo ou cobre, presentes em projéteis”, concluiu o diretor do DPT. (bahia.ba).
Foto: Divulgação/SSP-BA