A Polícia Federal descobriu que a desembargadora Sandra
Inês Rusciolelli e Vasco Rusciolelli apresentavam
movimentações financeiras suspeitas, conforme apontado pelo relatório da Unidade
de Inteligência Fianceira, antigo Coaf. Segundo o relatório, a
movimentação era superior a R$ 2,7 milhões, com indicações, dentre outras,
de realização de depósitos, saques, pedidos de provisionamento para saque
ou qualquer outro instrumento de transferência de recursos em espécie, que
apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou
incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira.
A Polícia Federal, quando foi fazer a busca e apreensão em desfavor da
desembargadora e do filho, descobriu uma mansão em Praia do Forte, que, após a
reforma, contou com pagamentos parcelados em espécie de R$ 158 mil, que
ultrapassam a soma de R$ 4 milhões. O patrimônio da desembargadora e do filho
ainda inclui dois apartamentos conjugados de quatro quartos, de luxo, no
Le Parc Residencial Resort. Os dois possuem quatro carros na garagem:
um Corolla, um Jaguar, um Etios e um Tucson.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os salários de
servidores públicos, ainda que bem remunerados, não poderiam financiar tamanho
patrimônio. ?Por certo, não é crime ter bens de alto valor ou acumular riquezas
numa economia capitalista, mas, in casu, em se tratando de funcionários
públicos, Sandra Inês Rusciolelli, desembargadora, que recebe o valor
bruto de R$ 35.462,22, e Vasco Rusciolelli, notário, cujo salário girava
em torno de R$ 6 mil, os bens em questão, venia concessa, exorbitam o
patamar normal financeiro da posição social deles?, diz trecho da
denúncia. (Cláudia Cardozo-bahianoticias.com.br)
Foto: Divulgação